Falta de água: Consumidores manifestam-se em Tsalala

DEZENAS de residentes do bairro de Malhampsene, na Matola, manifestaram-se na manhã de ontem junto das instalações da Águas da Região de Maputo (AdeM), no bairro Tsalala, para exigir explicações do facto de a água não chegar às suas residências. Alguns manifestantes contaram que não sai água nas suas torneiras desde o dia de 24 de Dezembro. Outros sustentam que não têm água há meses e nunca lhes foi dito algo pela empresa. Depois de algum momento de tensão, em que até se temeu por actos de vandalismo, os moradores foram recebidos pela Direcção da Águas da Região de Maputo (AdeM), Área Operacional de Tsalala. Da interacção havida entre as partes, percebeu-se que o grupo tinha inquietações diversas, de acordo com Fabião Guiuele, porta-voz da empresa. Alguns afectados disseram que não têm água há meses, outros reportaram que o recurso lhes chega em dias alternados. Alguns relataram que nas suas torneiras nada pinga desde 24 de Dezembro, facto que era do desconhecimento da AdeM, de acordo com o porta-voz. Fabião Guiuele explicou ao nosso Jornal que existem nos bairros grupos com os quais a AdeM troca informações sobre o abastecimento de água e sempre que houver anomalias no fornecimento, mas neste caso de Malhampsene nada foi reportado. Após o encontro de ontem, a “Águas” despachou várias equipas para juntamente com os afectados aferir as causas das anomalias e possíveis medidas de mitigação. Contudo, Guiuele, que é também director da Área Operacional da Matola, disse que Malhampsene é uma zona alta e a água só chega após abastecer outros bairros e quando o depósito já estiver no limite da sua capacidade, o que concorre para a fraca pressão. Devido a este problema, a AdeM chegou a construir um ponto de toma onde os moradores sem água nas residências podiam tirar o líquido. Entretanto, a unidade de abastecimento e a respectiva rede de alimentação foram destruídos. Aliás, no que diz respeito à rede, a fonte apelou aos moradores de Malhampsene para que evitem

. Explicou que nalgum momento a água não chega a certas zonas do bairro devido à destruição da tubagem protagonizada pelos próprios residentes. O processo de produção e distribuição de água em Boane, Matola ou cidade de Maputo depende inteiramente da energia eléctrica que é fornecida, neste momento, sob restrições devido a uma avaria na subestação da Matola, o que concorre para algumas das perturbações que se registam no abastecimento de água.