Segundo previsões iniciais, o aterro sanitário em causa devia ter entrado em funcionamento em finais de 2015 ou início de 2016.
Em mais uma tentativa de pressionar as autoridades a acelerarem o encerramento, os moradores do bairro de Hulene “B” tiveram um encontro com os gestores dos dois municípios, num evento organizado pela organização ambientalista Livaningo em Julho de 2016, e um dos afectados denunciou: as crianças sofrem de tuberculose, diarreias e certas doenças, porque a forma como se trata a lixeira de Hulene não é convencional. Então nós de Hulene ficamos sem saber onde recorrermos.
Em resposta, o director de Salubridade na cidade de Maputo, João Mucavele, deu a entender que os pouco mais de 40 milhões de dólares do orçamento da obra estavam disponíveis, tendo mencionado dificuldades de outra natureza. “Já se conseguiu mobilizar o dinheiro, como é do vosso conhecimento. Está a se resolver a questão da população que está dentro dos hectares previstos para a construção do aterro sanitário”.
E perante o cenário de tragédia, hoje, o mesmo responsável disse que a tragédia era inevitável que acontecesse. “Esta situação, pode-se dizer que não era fácil de evitar porque várias medidas foram tomadas e mesmo assim surgiu o que hoje estamos a assistir”.
João Mucavele referia-se a um alegado reassentamento das famílias em causa, um deles em 2014.
Tragédia de Hulene podia ter sido evitada
Reviewed by Zacarias Maputire
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fevereiro 19, 2018
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